Não sabendo se voltava ou prosseguia, com o pé machucado e os braços escorrendo sangue, Lisie não tinha muitas escolhas a fazer. Nesse momento um arrependimento pela ideia mal pensada caiu sobre a garotinha e ela não mais suportando a dor e o medo se rendeu às lágrimas. Lisie chorava aos soluços, mas como sempre, não havia ninguém para consolá-la e encorajá-la.
A decisão foi tomada. Lisie levantou-se e mancando, quase não firmando o pé no chão, seguiu rumo à casinha da montanha. Talvez alí poderia ter alguém para ajudá-la.
A caminhada não acabava, a casinha não chegava e Tufão não aparecia. Um vento frio e medonho arrepiou os pêlos da pele de Lisie e mesmo sabendo que o terreno onde pisava não lhe dava nenhuma margem de segurança até então, continuava a prosseguir.
Quando faltava pouco para se aproximar da casinha da montanha ouviu-se um barulho de tiro e um latido único de um cão. Lisie certa que era de seu cachorro, já aos prantos correu até a porta da casinha. Ela não conseguia escutar mais nada além daquele latido doloroso. Uma angústia acertou em cheio seu coração e o remorso de ter subido a montanha brotara em sua mente.
Atônita, ela entrou na casinha da montanha e de lá nunca mais saiu.
Atônita, ela entrou na casinha da montanha e de lá nunca mais saiu.
Fim.
Marlon Cássio
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