Quantas fotografias espalhadas pelo chão?
Quantas flores arrancadas em vão?
Quantos sorrisos com emoção?
Quantos olhares sem explicação?
E quantas coisas pra o fim!
Quantas belezas vivi?
Quantos dias te vi?
Quantas vezes tremi?
Quantas vezes quis ir?
E quantas coisas em vão!
Como eram belos os dias
Carregados de todas as magiasDe infinitas e meigas alegrias.
Regadas de puras energias,
Mas estraçalhadas ao pó!
Feridas como as de Jó,
Chagas da alma no pó
O sangue a ponto de dar nó
Tão frio, pois já era só
E só foram-se os dias!
Dias sem rima e sem cor,
Sem sorrisos e sem amor.
Já sem as flores e teu calor.
Dias costurados com dor!
E assim ela partiu...