quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A casinha da montanha - parte III

Uma casinha. Sim, uma casinha no meio de uma montanha imensa quanto aquela. Era uma casa feita com pedras sobre uma outra pedra; de onde Lisie a avistava parecia ser muito escura e suja. Do jeito em que se apresentava, há muito tempo não havia morador algum alí.

Não sabendo se voltava ou prosseguia, com o pé machucado e os braços escorrendo sangue, Lisie não tinha muitas escolhas a fazer. Nesse momento um arrependimento pela ideia mal pensada caiu sobre a garotinha e ela não mais suportando a dor e o medo se rendeu às lágrimas. Lisie chorava aos soluços, mas como sempre, não havia ninguém para consolá-la e encorajá-la.

A decisão foi tomada. Lisie levantou-se e mancando, quase não firmando o pé no chão, seguiu rumo à casinha da montanha. Talvez alí poderia ter alguém para ajudá-la.


A caminhada não acabava, a casinha não chegava e Tufão não aparecia. Um vento frio e medonho arrepiou os pêlos da pele de Lisie e mesmo sabendo que o terreno onde pisava não lhe dava nenhuma margem de segurança até então, continuava a prosseguir.


Quando faltava pouco para se aproximar da casinha da montanha ouviu-se um barulho de tiro e um latido único de um cão. Lisie certa que era de seu cachorro, já aos prantos correu até a porta da casinha. Ela não conseguia escutar mais nada além daquele latido doloroso. Uma angústia acertou em cheio seu coração e o remorso de ter subido a montanha brotara em sua mente.

Atônita, ela entrou na casinha da montanha e de lá nunca mais saiu.


Fim.

Marlon Cássio

O bom caminho


Assim diz o Senhor: Ponde-vos no caminho, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis desanso para vossas almas;
Jeremias 6:16
Jesus é o caminho. Precisamos estar n'Ele.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eu pude ver em meio à escuridão


"A Tua luz acendeu meu coração
e eu pude ver em meio a escuridão

Tua presença, Tua fidelidade, graça e amor
me levantaram outra vez
me deram forças e prosseguirei "



Creia que a luz irá surgir em meio a escuridão. Mesmo quando pensamos e até afirmamos que não somos merecedores do amor e misericórdia de Deus Ele nos mostra uma luz. Essa fidelidade, essa graça nos constrange de tal forma, pois quando estamos no escuro perdemos a noção do que é sujo e limpo, mas quando vemos uma feixe de luz começamos a ver a sujeira, o pó e é então que nosso coração, confrontado, se sente apertado, pequeno e indigno. É hora de voltarmos ao primeiro amor. Se Deus nos dá a oportunidade de vermos em meio à escuridão é porque Ele tem propósitos para nossas vidas e se decidirmos Ele mesmo nos levantará. O cair é do homem, mas o levantar é de Deus!

Letras da música de Ana Paula Valadão Bessa
Marlon Cássio

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A casinha da montanha - parte II

Lisie começou sua jornada. Pensava em árvores grandes, bichinhos coloridos, uma lagoa cercada de pedras cobertas pelo lodo verde das plantas. Imaginava também no cantar dos pássaros e se possível colher um ramalhete de flores de todos os tipos e cores. Nos primeiros quarenta minutos nada de excitante, além da adrenalina de sair de casa sem pedir permissão ao seu pai, o qual, logicamente, não permitiria jamais tal ato da filha.

Tufão não desgurdava da garota, mas quando encontrava algo de seu interesse ou que o perturbava agia como seu nome, um tufão. Quando alguma coisa se movia no meio do mato ele disparava a perseguir e Lisie que não tinha medo, pois onde vivia era cercado por bichos de todos os tipos, ignorava o cachorro e ele logo retornava a sua companhia. Mas, num momento qualquer daquela tarde qualquer Tufão em mais uma de suas investidas demora de retornar a companhia de sua dona. Lisie grita por Tufão, procura de um lado, procura de outro, mas nada. O cão desapareceu.


Lisie em desespero corre pela mata, cai em um buraco, se arranha nos galhos dos arbustos, grita:'' Tufãoooo". E nada. Lisie perdeu seu cachorro no meio daquela montanha verde e também o caminho em que estava.


De súbito, em meio ao desespero, Lisie decidiu de subir até o fim da montanha, não era uma questão de curiosidade mais sim de sobrevivência, de seu animalzinho e sua. O topo da montanha estava longe, mas como ainda não havia escurecido, a menina com seus braços arranhados e com algumas partes sangrando, subiu.


Quanto mais corria mais o tempo passava. Sem saber o que fazer, perdida numa montanha onde ninguém jamais a procuraria gritar não iria resolver, chorar também não. Lisie, sem olhar onde pisava tropeçou e caiu numa moita baixinha. Ao levantar a cabeça ela viu algo que era surreal para aquele lugar.


Continua...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A casinha da montanha - parte I

Lisie era uma pequena menina pobre e solitária. Vivia com seu pai e seu cachorrinho Tufão no povoado quase que inabitado de Monte Azul. Sua mãe morreu em seu parto e devido a isso seu pai, um homem grosso e carrancudo, nunca lhe deu atenção . O que ela recebia dele era apenas o que vestir, comer e o suficiente para manter-se viva, mas carinho e afeto jamais.


Com onze anos de idade Lisie ainda não tinha amigos, o único que brincava com ela era seu fiel escudeiro Tufão, um cachorro vira-lata já bem avançado em idade, que não saia da barra de seu vestido.
Em mais uma de suas tristes e monótonas tardes Lisie resolveu descobrir o porque de aquele povoado esquecido, onde viviam apenas seis famílias e de classe baixa também, carregava aquele nome. O povoado era situado entre montes altos e nos dias de verão ficar ali era quase impossível.

Foi nessa tarde qualquer que a pequena Lisie decidiu escalar as montanhas, e como primeira montanha escolheu a maior de todas. Ela subiu numa árvore e com uma visão escassa do que veria na montanha pôs se a imaginar...

Continua...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O amor de Deus é...


Quando pensamos que somos os últimos vemos que não
Quando nos sentimos inseguros percebemos que estamos em Suas mãos
Como compreender esse amor?
É esse um exemplo da grandeza do Senhor

Vemos o quanto é difícil de compreender:
Nos amar a ponto de entregar Seu filho para morrer
Não sabemos onde é o começo e o fim
A bondade e misericórida do Senhor é assim!

(Marlon Cássio)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Me refaz


Teu amor me desfaz
Teu amor me refaz
Quebra tudo e faz de novo
E de novo Teu amor me desaz
Teu amor me refaz
Quebra tudo e faz de novo
E de novo Teu amor me refaz

(Me refaz - DT13 - Ana Paula Valadão)





Nós somos como vasos na mão do oleiro. Deus é o oleiro, nós o barro. Ele é o Autor da vida e nós Sua criação. Ele, em Seu infinito amor e sabedoria nos faz e nos desfaz até que nos tornemos vasos sadios. Entretanto, para sermos moldados por Deus precisamos estar em Sua dependência e confiar Nele.

Marlon Cássio